Quando e como os cuidadores familiares poderão cuidar de si próprios? Equilibrar as responsabilidades de cuidar de um ente querido com as próprias necessidades pessoais pode ser um desafio significativo para muitos cuidadores familiares em Portugal. À medida que a população idosa continua a crescer, entender quando e como os cuidadores podem cuidar de si próprios torna-se essencial para garantir a sustentabilidade do cuidado e o bem-estar de ambas as partes envolvidas. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023, os idosos representavam cerca de 22% da população portuguesa, aumentando a demanda por cuidados familiares.
Este artigo explora os momentos ideais para os cuidadores familiares cuidarem de si próprios, as estratégias eficazes para o autocuidado e os benefícios que esta prática traz tanto para os cuidadores quanto para os idosos que assistem.
Por que é importante que os cuidadores familiares cuidem de si próprios?
O autocuidado é fundamental para garantir que os cuidadores familiares possam oferecer um cuidado de qualidade aos seus entes queridos. Cuidar de si próprios não só melhora a saúde física e mental dos cuidadores e aumenta a eficácia e a empatia no cuidado prestado. A Dra. Constança Paúl, especialista em psicologia do envelhecimento no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, afirma que “o bem-estar dos cuidadores é diretamente proporcional à qualidade dos cuidados que podem oferecer, promovendo um ciclo virtuoso de saúde e bem-estar para ambos”.
Como o autocuidado influencia a qualidade do cuidado prestado?
Quando os cuidadores dedicam tempo para si próprios, têm mais energia e clareza mental para lidar com as demandas do dia a dia. Isso resulta em um cuidado mais atento e menos propenso a erros, além de fortalecer a relação entre o cuidador e o idoso. A Prof.ª Dra. Maria Helena Garrett, especialista em gerontologia social, ressalta que “cuidadores bem cuidados são capazes de manter uma atitude mais positiva e resiliente, o que é essencial para enfrentar os desafios diários do cuidado”.
Quando e como os cuidadores familiares poderão cuidar de si próprios?
Identificar os momentos adequados para o autocuidado é crucial para evitar o esgotamento e garantir uma gestão equilibrada das responsabilidades. Os seguintes sinais indicam que é hora de se dedicar ao autocuidado:
Sinais de esgotamento físico e emocional
Sentir-se constantemente exausto, ansioso ou sobrecarregado são indicadores claros de que o autocuidado é necessário. Ignorar esses sinais pode levar ao burnout, que compromete a capacidade de cuidar de forma eficaz.
Falta de tempo para atividades pessoais
Se os cuidadores não conseguem encontrar tempo para atividades que lhes trazem prazer e relaxamento, é um sinal de que precisam reavaliar suas rotinas e priorizar o autocuidado.
Impacto negativo na saúde física e mental
Problemas de saúde como insónia, dores musculares ou depressão são sinais de que o autocuidado deve ser uma prioridade urgente.
Como os cuidadores familiares podem cuidar de si próprios?
Implementar estratégias eficazes de autocuidado pode ajudar os cuidadores familiares a manterem o equilíbrio necessário entre suas responsabilidades e sua saúde pessoal.
Estabelecer uma rotina de autocuidado
Incorporar atividades de autocuidado na rotina diária, como exercícios físicos, meditação ou hobbies, é essencial para manter o bem-estar. A Prof.ª Dra. Irene Carvalho, da Universidade do Porto, destaca que “a criação de uma rotina consistente permite que os cuidadores reservem tempo para si mesmos, promovendo um equilíbrio saudável entre cuidar dos outros e cuidar de si próprios”.
Buscar apoio emocional e profissional
Participar de grupos de apoio ou procurar a ajuda de um psicólogo pode fornecer ferramentas valiosas para lidar com o stress e as emoções associadas ao cuidado. A Dra. Sofia Duque, especialista em geriatria, explica que “o apoio emocional é vital para prevenir o esgotamento e manter a resiliência dos cuidadores”.
Utilizar recursos e serviços de apoio
Acessar serviços de apoio domiciliário, como os oferecidos pela Espiral Sénior, pode aliviar a carga diária e permitir momentos de descanso. A Prof.ª Dra. Maria João Quintela, ex-assessora da Direção-Geral da Saúde em Saúde Pública e Políticas de Envelhecimento, menciona que “o uso de serviços de apoio pode proporcionar uma pausa necessária, melhorando a qualidade de vida dos cuidadores e dos idosos”.
Quais são os benefícios do autocuidado para os cuidadores familiares?
O autocuidado traz uma série de benefícios que impactam positivamente tanto os cuidadores quanto os idosos que assistem.
Melhor saúde física e mental
Cuidar de si próprios promove uma melhor saúde física e mental, reduzindo o risco de doenças relacionadas ao stress e aumentando a longevidade. A Dra. Constança Paúl afirma que “cuidadores que regularmente praticam autocuidado têm menor incidência de problemas de saúde física e mental, o que lhes permite oferecer um cuidado mais consistente e eficaz”.
Aumento da satisfação e qualidade de vida
O autocuidado contribui para uma maior satisfação pessoal e uma melhor qualidade de vida, tornando o processo de cuidado mais gratificante e menos oneroso. A Prof.ª Dra. Maria Helena Garrett ressalta que “cuidadores satisfeitos e bem-cuidados são mais propensos a manter uma atitude positiva e a encontrar satisfação no ato de cuidar”.
Fortalecimento das relações interpessoais
Quando os cuidadores têm tempo e energia para si próprios, podem manter relações interpessoais mais saudáveis e sólidas, tanto com os idosos quanto com outros membros da família e amigos. Este fortalecimento das relações contribui para um ambiente de cuidado mais harmonioso e equilibrado.
Como a Espiral Sénior pode ajudar o seu familiar idoso?
A Espiral Sénior, franchisada da rede Miminho aos Avós, está dedicada a proporcionar apoio domiciliário de excelência em Sintra, Oeiras e Lisboa, garantindo o bem-estar integral dos idosos. Os nossos serviços incluem cuidadores selecionados, especializados e supervisionados que oferecem apoio personalizado adaptado às necessidades específicas de cada sénior.
Apoio Domiciliário para idosos no conforto da sua própria casa
Disponibilizamos um vasto leque de serviços:
- Cuidados pessoais e higiene diária
- Preparação de refeições adequadas às necessidades nutricionais
- Gestão e administração de medicação
- Acompanhamento a consultas médicas e atividades sociais
- Serviços de limpeza e organização da casa
- Acompanhamento noturno e assistência 24 horas
- Estimulação cognitiva e apoio emocional
Aluguer de Equipamentos de apoio para maior conforto e autonomia
Complementamos os nossos serviços com aluguer de equipamentos essenciais para o conforto e segurança:
- Camas articuladas elétricas
- Cadeiras de rodas manuais e elétricas
- Andarilhos
- Gruas de transferência
- Poltronas geriátricas ergonómicas
- Colchões anti-escaras
A nossa equipa realiza uma avaliação completa do ambiente doméstico, sugerindo adaptações que tornam a casa mais segura e acessível para o seu familiar idoso, prevenindo acidentes e aumentando a autonomia.
Apoio domiciliário personalizado e com abordagem holística
O nosso diferencial é a abordagem que considera as necessidades físicas e também os aspetos emocionais, sociais e cognitivos do envelhecimento. Desenvolvemos planos de cuidados individualizados que respeitam as preferências, histórias de vida e valores de cada pessoa, proporcionando um envelhecimento verdadeiramente digno.
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Referências
- Instituto Nacional de Estatística (INE): https://www.ine.pt
- Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int
- Direção-Geral da Saúde (DGS): https://www.dgs.pt
- Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia (SPGG): https://www.spgg.com.pt
- Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP): https://www.ordemdospsicologos.pt
Autores Citados
- Dra. Constança Paúl – Especialista em Psicologia do Envelhecimento no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
- Prof.ª Dra. Maria Helena Garrett – Especialista em Gerontologia Social
- Prof.ª Dra. Irene Carvalho – Universidade do Porto – Psicologia do Envelhecimento
- Prof.ª Dra. Carla Ribeirinho – ISCSP-ULisboa – Serviço Social, Cuidadores Informais
- Prof.ª Dra. Maria João Quintela – Ex-assessora da Direção-Geral da Saúde em Saúde Pública e Políticas de Envelhecimento
- Dra. Sofia Duque – Especialista em Geriatria e Prevenção de Quedas
- Dr. João Gorjão Clara – Especialista em Saúde Cardiovascular e Geriatria